Tradição e Memória entalhadas no Tempo
O Grupo Parma e Outras Indústrias em Ubá
Ainda na década de 1960, a família Parma se atrelava aos novos negócios da expansão da indústria moveleira ubaense.
Diversas empresas foram criadas, entre elas o Grupo Parma, admitindo novos sócios como Zé Parma e Louro Parma e os outros irmãos: Vicente, Neném, Geraldinho e Luizinho. O grupo era composto por doze empresas que contava ainda com os empreendedores Edgar e Edwar Cruz, Maurício Singulani, Vivaldino Teixeira Soares e João Serrano Marinho. Como resultado desse grupo, vários industriais despontaram a partir da década seguinte.
A partir desse espírito associativo, outros nomes foram se consolidando, como Maurício Singulane, que teve seu início de carreira trabalhando em uma olaria no Morro do Biscoito, que pertencia a Francisco Parma, que o incentivou a abrir o seu próprio negócio.
Em meados de 1961, Maurício Singulane, com o apoio de Elton Teixeira, do Curtume Santa Matilde, e de José Alencar Gomes da Silva, então proprietário da fábrica de roupas União dos Cometas, iniciou a sua produção de estofados e de colchões.
O empreendimento cresceu e Maurício Singulane esteve atrelado à criação da Paropas, apoiando o trabalho de Paulo Roberto Paschoalino, em 1980.
Uma das referências em roupeiros e dormitórios, os Irmãos Cruz, marceneiros, de 1966, produziam em um galpão na Rua Antenor Machado. Devido ao seu sucesso, em pouco tempo, Edgar e Edwar Cruz firmaram sociedade com Luizinho Parma, criando a Parma e Cruz.
Sebastião Samor, que tinha um galpão na região do Caxangá, fundou a Indústria de Móveis Ubaense, reunindo-se com um representante comercial dos irmãos Parma, um representante dos irmãos Cruz, o Barbosa, e um dos irmãos Amato, Altair Rocha. A fábrica localizada Av. Cristiano Rôças, próxima à ponte, produzia salas de jantar.
Inovações Tecnológicas
A década de 1970 foi marcada pela busca de novas estratégias de produção e o uso de painéis em fórmica ou madeira reconstruída, a partir do aglomerado, despontou, sendo os responsáveis pela aceleração do crescimento das indústrias de Ubá.
Dentro dessa busca de variedades e de inovações tecnológicas, Paulo Roberto Paschoalino, em 1980, iniciou a fabricação de espuma na cidade de Ubá, especializando-se em colchões, estofados e espumas.
Em 1983, a PAROPAS iniciou o fabrico de colchões de espuma e, a partir de 1990, passou a investir em tecnologias para fabricar colchões de mola, reconhecidos nacionalmente pelo seu design e qualidade. A linha de produção se ampliou em 1989, com a produção de estofados de alto nível, conforto, beleza e qualidade.
O trabalho era feito laminando blocos de espuma e fornecendo matéria-prima para si e para as indústrias de móveis de toda a região, até que, em 1992, alcançou a produção própria das espumas.
O Surgimento da Associação e do Sindicato
As Mostras Industriais, da década de 1960, contribuíram para o aumento da produção moveleira de Ubá e sinalizaram para a necessidade de se organizar os produtores em uma associação que pudesse favorecer em negociações políticas e econômicas, favorecendo a sua expansão.
A ideia foi maturada e, em 1986, surgiu a Associação dos Fabricantes de Móveis de Ubá, com o objetivo de fortalecer as empresas moveleiras, expandir seus estudos técnicos, a facilidade de obtenção de matéria-prima, de escoamento de produção e, principalmente, alargar o mercado consumidor.
Nesse sentido, em 1987, aconteceu o Encontro de Empresários da Indústria Moveleira de Minas Gerais, que contou com a presença de José Alencar Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Na ocasião, o presidente da Associação dos Fabricantes de Móveis de Ubá, o empresário Luiz Fernando Arquete, solicitou à FIEMG o apoio para tornar a criação de um Sindicato.
Seguindo a política de interiorização dos serviços prestados aos industriais, a FIEMG oportunizou um plano de expansão, fortalecimento e ampliação de suas ações e, em Assembleia Geral, realizada no dia 22 de novembro de 1989, foi constituído e fundado o Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá.
Na Ata de fundação foram aprovados o Estatuto Social, a base territorial nas cidades de Ubá, Guidoval, Rodeiro, Rio Pomba, Tocantins, Visconde do Rio Branco e Piraúba, a filiação à Fiemg e a primeira diretoria, composta por Antônio Carlos Moreira, Presidente; Antônio Marciano, Vice-Presidente; José Teixeira Pinto Filho, 1º Secretário; José Márcio Henrique Pires, 2º Secretário; Frederico Andrade Marques, 1º Tesoureiro; Generoso Carneiro Neto, 2º Tesoureiro; tendo como Suplentes da Diretoria: Lincoln Cezar Penna Costa, Luiz Fernando Arquette e Leônidas Reis Câncio; os Membros Efetivos do Conselho Fiscal foram Luiz Carlos Rinco, Antônio Rosignoli e José Carlos Reis Teixeira e os Membros Suplentes do Conselho Fiscal, Célio Luiz Bianchi, Osmar Schiavon e José Afonso Fernandes; como Delegados Efetivos junto ao Conselho de Representantes da FIEMG foram delegados Antônio Carlos Moreira e Luiz Fernando Arquette e seus suplentes, Lincoln Cezar Penna Costa e Antônio Marciano.