Em São Januário de Ubá, a economia inicialmente girou em torno da agricultura cafeeira, desenvolvendo-se as fazendas e, por sua necessidade, eram os escravos os responsáveis por todo o trabalho e fabrico de instrumentos, ferramentas e utensílios.
Dessa fase agrícola, Ubá destacou-se na exportação do café, sendo uma das três cidades cafeeiras mais produtivas de Minas Gerais e, por isso, grandes nomes de comendadores e fazendeiros se destacaram na cidade e deixaram suas marcas na arquitetura como o Torreão Cesário Alvim, destinado ao café antes de ser destinado à capital.
Ainda no século XIX, os móveis tinham características mais rústicas e só a partir do início do século XX ganha ares europeus e, na segunda metade dos 1950 assumirá uma identidade própria.
Isso ocorreu porque no início, os móveis da região eram feitos por escravos, artesãos simples, que se valiam de ferramentas e instrumentos rudimentares para o fabrico dos itens.
Na cidade, todo o ofício de carpitaria e marcenaria era realizado pelos negros escravizados que usavam da grande riqueza da Zona da Mata Mineira para extrair a sua matéria-prima.
Arvores como o ipê amarelo, o cedro, a peroba do campo,o jacarandá e diervsas outras madeiras de lei eram extraídas e transformadas em mobiliários pelos artesãos negros.
A mão de obra escravizada só foi substituída ao finaldo século XIX, com a chegada de imigrantes no Brasil e, em Ubá, especialmente italianos.